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Astrologia Chinesa: Os 4 pilares do Destino

  • sementeirascontato
  • 20 de jun. de 2022
  • 6 min de leitura

Quando falamos da astrologia chinesa, seus 12 animais emblemáticos, seus troncos celestes e ramas terrestres, falamos também de diferentes dimensões da vida sobre as quais eles atuam. A forma mais simples e fundamental de observar essas diferentes dimensões que formam aquilo que chamamos de mapa natal é através dos 4 pilares do destino, sendo eles:

- pilar do ano

- pilar do mês

- pilar do dia

- pilar da hora de nascimento.

Esses 4 pilares do destino são uma preciosa ferramenta de auto investigação, de auto conhecimento, acolhimento e ternura para consigo. Ferramenta que nos possibilita o reconhecimento de espaços e recursos virtuosos de nosso ser, assim como de dimensões de fragilidade. São uma possibilidade de instigar a relação e acolhimento de nossas próprias configurações deixando de lado a luta interna constante, abraçando assim nossas energias, potencializando nossas virtudes.






*Exemplo de um mapa natal com os 4 pilares do destino.


Cada um desses pilares é formado por uma combinação de um Animal emblemático/Rama terrestre e um Tronco celeste. Cada uma dessas combinações nos oferece funções distintas, habilidades distintas, recursos distintos, fragilidades distintas. Ou seja, cada uma dessas combinações e o todo que elas formam nos oferece uma visão preciosa e única daquilo que somos e estamos.

Quando tocamos a dimensão dos pilares podemos imaginá-los como espaços diferentes de uma casa, nesse caso de nossa casa corpo. Na qual cada um representará locais e funções diferentes, como por exemplo a fachada externa, porta de entrada, a cozinha, o quarto, ou o fundo da casa.


POR QUE PILARES?

O termo pilar do destino diz respeito a uma combinação de energias, uma delas proveniente do céu, denominada tronco celeste e outra delas proveniente da terra, denominada rama terrestres. Do encontro entre céu e terra, ou entre tronco e rama é que somos feitas. Nos não estamos no encontro entre céu e terra, nós somos no e o encontro entre céu e terra.

Quando falamos em pilar também surge a ideia de que é algo fundamental e de sustentação e assim o é, os pilares de nosso mapa natal, são as sustentações energéticas de nossa existência, de nosso movimento.


PILAR DO ANO

No pilar do ano encontramos a grande fachada da frente da casa, aquela que está de frente para a rua, que fica exposta, aparente e tem a função de atrair ou repelir o que deseja para o interior da casa. O animal que representa o ano em que nascemos fica na fronteira entre nós e os outros, outras e outres. Entre nós e o mundo. É nossa membrana semipermeável. É por essa razão um dos animais mais visíveis de nossa constituição. Aquele que as outras pessoas reconhecem quando nos veem e aquele que até nós mesmas reconhecemos com alguma facilidade.





Através de suas afinidades e dificuldades é que nos aparecem as experiências pela vida. É como se ele ficasse na porta atraindo e convidando ou mandando embora energias e experiências, de acordo com suas características. Por essa razão, ao pilar do ANO relacionamos as CIRCUNSTÂNCIAS e o DESTINO.

De algum modo representa também nossa couraça, nossa carcaça, nosso corpo (almado), aquilo que temos e que nos leva pelo mundo, que nos protege, que nos aquieta, que nos impulsiona, que nos sensibiliza, dependendo de quem seja o animal que aí habita.

Ou seja, por fora nos parecemos e nos comportamos como o animal do ano em que nascemos.


PILAR DO MÊS

O pilar do mês já é porta adentro, representa uma espécie de cozinha da casa, um local de socialização e também de elaborar recursos (alimento) de sobrevivência. Esse pilar diz respeito às nossas habilidades, tanto laborais, de criar e recriar o mundo. Quanto nossas habilidades emocionais. Nele podemos encontrar muitas informações sobre nossa profissão, nosso trabalho e as relações que ali ocorrem, ou melhor, sobre como nos relacionamos com o trabalho, o labor e com as pessoas que nos acompanham no mesmo. Assim como, por ter uma relação tão forte com as emoções, nos oferece indícios de por onde, como e quando adoecemos e curamos.

As fragilidades emocionais representadas pelo animal que ocupa nosso pilar do mês pode nos oferecer informações preciosas sobre nossas próprias fragilidades emocionais e por onde há um bom caminho de trabalho. Não à toa, na antiga china diziam que ao adoecer a primeira coisa que alguém deveria fazer seria procurar a cozinha e quem nela produz a comida, pois por ali é que retornaria a saúde e só depois, caso não melhorasse, buscar o médico. Essa cozinha é tanto literal mas também é essa cozinha de nosso mapa astrológico de nascimento, é ali que encontramos o que nos alimenta e o que nos desgasta a nível de saúde. Encontramos de onde e como obter recursos, como transformar alimentos em recursos e muito mais.

E ainda na dimensão dos recursos e de onde podemos aprendê-los ao longo da vida, esse pilar do mês também nos diz muito de como observamos nossos pais e a família de onde viemos. Nos fala da relação com eles e de que tipo de lente colocamos para observá-los.

Para cada um dos animais recurso é algo distinto e é isso que vão buscar ver e aprender no lugar de onde vieram, por exemplo para um tigre, recurso é sinônimo de autonomia e liberdade, quando alguém que tenha em seu pilar do mês um tigre olhar para a família de onde veio, buscará ali formas e possibilidades de construção de autonomia e liberdade. E também será isso que buscará construir em seu espaço laboral, ou o que determinará seus movimentos de enfermar e curar.

Já se o exemplo fosse uma cabra, a busca e a lente já não seriam essas e sim a da sensibilidade, da beleza e da arte. Uma cabra busca como recurso a arte e a beleza. Busca transformar tudo em um detalhe de arte e beleza e sempre buscará isso na relação com a família de onde veio, sempre buscará ver isso e aprender como se faz (não quer dizer que encontre). E também isso será fundamental para pensar seus movimentos de enfermar e curar-se.


PILAR DO DIA

Ainda que o pilar do ano seja o maior, o mais falado e o mais famoso, quando chegamos aqui, no pilar do dia é que efetivamente nos encontramos com o tesouro da alma. Esse pilar representa nossa essência, em seu lugar mais profundo. Quando pensamos em quem realmente somos é aqui que essa informação se manifesta, todos os outros pilares são auxiliares do pilar do dia.

Quando falamos da essência no pilar do dia é que ele traz a informação fundamental, mais profunda e singela de todos os seres. O animal considerado o de nossa alma, portanto está aqui, no pilar do dia, também chamado de pilar mestre. Essa energia, também por essa razão, por ser o que temos de mais importante, fica bem guardada, está em um lugar íntimo como se fosse nosso quarto. Esse lugar íntimo em que nem todos os seres adentram, que nem todo mundo conhece. É por isso também, que muitas vezes essa informação ou esse animal não é reconhecido de imediato, nem pelos outros e nem por nós mesmas, mas carece de um olhar mais cuidadoso, mais próximo e mais íntimo.

Nesse pilar encontramos nosso psiquismo mais profundo e também nosso ‘por quê? pra quê?’. A partir dele nos vemos na intimidade, na nudez. Também é a partir dele que nos apaixonamos, que amamos, pois é de alma para alma que nos reconhecemos em possibilidade e posição de amar.

As relações amorosas, portanto, são observadas desde aqui.


PILAR DA HORA

E o último desses 4 pilares basais é o pilar da hora, nele também nos deparamos com dimensões de intimidade, reservadas. Talvez não tão visíveis quando ano e mês. No entanto se no pilar do dia falávamos do amor, do pilar através do qual amamos, é aqui no pilar da hora que encontramos os recursos que temos para manifestar e expressar esse amor. E há que dizer que podem ser duas dimensões bem distintas, nossa forma de sentir o amor e a forma através da qual conseguimos expressá-lo.

Também na hora e passando por essas dimensões da expressão, encontramos a forma através da qual nos sexualizamos, incluindo aqui a forma como seduzimos, atraímos outras pessoas, situações, energias.

Esse pilar é a porta de fundo das casas. Nele também encontramos informações sobre nossa forma de poder, autoestima e força. Poder, pode ser entendido e manifesto tanto como exercício de poder sobre os outros, mas é principalmente sobre o reconhecimento da própria força que estamos falando e por isso esse pilar nos fala sobre a autoestima. Essa relação entre poder, autoestima, forma de se sexualizar, forma de expressar o amor é manifesta não pelo pilar da hora isoladamente mas pela relação que ele estabelece com o pilar do dia.

No pilar da hora também se manifesta a forma como cuidamos, seja de outros seres, situações, lugares, crianças, filhes. E a forma como ensinamos aquilo que consideramos precioso.

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