Em dezembro chegamos ao mês que para a astrologia chinesa é regido pela Rata. E aproveitando que chegamos a ela, que representa a primeira a atender ao chamado de Buda e que guardará uma de suas virtudes, vamos apresentá-la.
Cada um dos Animais Emblemáticos representa uma modulação da energia, um comportamento e principalmente uma disposição psíquica. Eles demarcam nosso mundo emocional, seja quando transitamos por eles, como nesse mês em que passamos pelo tempo da Rata, ou quando aparecem no nosso mapa natal, no ano, no dia, no mês, na hora.
A Rata instaura a resistência e a persistência da vida, tem a sobrevivência como princípio fundamental, principalmente a sua. É considerada a mestra das sombras. Por ter como elemento a água, transita pelo escuro, o escuro da semente que guarda toda a vida. Por isso também não gosta que sua sombra seja exposta.
De raciocínio rápido e resolutivo, dificilmente fica parada, sem saída. Dificilmente desiste do que planeja ou espera. Encontra soluções. É a semente do dia, mas mora na noite. Sua hora é entre 23h e 1h, a Vesícula lhe orienta a energia, possibilita as decisões, sustenta a escolha cotidiana.
O fato de ser astuta é interpretado como uma força aproveitadora. Na história que relata a chegada dos 12 animais emblemáticos para junto de Buda se diz que a Rata pede ajuda ao Boi, já que sabia que sozinha não poderia ser a primeira a chegar. O Boi, solícito, aceita e a carrega em suas costas até a frente de Buda. Quando ele vai fazer uma reverência a Rata pula na sua frente e a partir daí é considerada a primeira.
O problema não está em ter sido ajudada pelo Boi, nem em ser a primeira, mas em não reconhecer que necessita de ajuda para alcançar seus objetivos. Um trabalho importante para as Ratas é reconhecer os seres que a acompanham, aprender a força do elogio, aquele que é vazio de interesses posteriores. O grande entrave é o medo de que reconhecendo a importância de quem está com ela e a parceria, ela própria pareça pequena.
Também é um desafio e lida com as emoções, essas que nos expõe e iluminam justo onde ela gostaria de estar recolhida, nas sombras.
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